Dia 13 no Mundial do Egipto

O último dia da Main Round viu o Qatar apurar-se para os quartos-de-final do Mundial, graças a uma série de jogos imprópria para cardíacos, que incluiu a derrota da Argentina e ainda a vitória da Dinamarca frente ao vice-campeão europeu, a Croácia.
Brasil – Uruguai
Sabendo que ambas as equipas já estavam eliminadas do Mundial, Brasil e Uruguai defrontaram-se no último jogo do grupo I da Main Round com a vitória a sorrir ao Brasil por 37-17. Desde início que foi notório que a superior qualidade técnica e disponibilidade física davam o favoritismo à seleção Brasileira, que sem grandes problemas e com o pivot Rogerio Moraes e o ponta direita Rudolph Hackbarth em destaque (5 golos na 1ª parte para ambos) rapidamente conseguiu disparar no marcador e saiu para o intervalo na frente por 18-7.
Na 2ª parte o Brasil entrou com um parcial de 6-0, sendo que o Uruguai só conseguiu marcar o seu primeiro golo da 2ª parte aos 39 minutos. Mesmo dando minutos aos jogadores menos utilizados no mundial, o Brasil não tirou o pé do acelerador e foi aumentando a vantagem, chegando mesmo aos 20 golos. Luciano Silva, lateral do SL Benfica, realizou uma grande 2ª parte com 7 golos em 8 remates e foi assim o melhor marcador do encontro.
Com esta vitória o Brazil termina no 5º lugar fo grupo I da Main Round com 3 pontos, enquanto que o Uruguai não somo qualquer ponto e terminou no 6º e último lugar.
Espanha – Hungria
Com as duas seleções já apuradas para os quartos-de-final, Espanha e Hungria defrontaram-se para decidir o 1º e 2º lugar do grupo I da Main Round do Mundial. O selecionador da Hungria, talvez pensando que será mais fácil defrontar a França do que a Noruega nos quartos, deixou de fora para este jogo Lekai, Banhidi e Mikler e tal decisão fez com que a Espanha não tivesse grandes problemas em dominar a 1ª parte.
Aos 8 minutos de jogo a Espanha já vencia por 5 golos (7-2) e com o fosso criado a seleção Ibérica foi gerindo o resultado. A Hungria ainda conseguiu esboçar uma reção, reduzindo a desvantagem para os 2 golos, mas os problemas defensivos eram muitos e rapidamente se viram novamente em grande desvantagem, sendo que ao intervalo o resultado era de 21-14 a favor da Espanha. Na 2ª parte pouco mudou e a Espanha que tinha ambos os pontas direitas, Ferran Sole e Aleix Gomez Abello em grande (8 e 7 golos respetivamente) foi controlando a partida sem nunca deixar a Hungria aproximar-se demasiado. O resultado acabou por ficar definido nos 36-28 a favor da Espanha.
Assim a Espanha acaba a Main Round no 1º lugar com 9 pontos e vai defrontar a Noruega nos quartos-de-final. Já a Hungria ficou-se pelos 8 pontos e 2º lugar, marcando assim encontro com a França na fase seguinte.

Polónia – Alemanha
Num jogo emotivo até ao final, a Alemanha começou a partida com alguns problemas no ataque, também devido à boa exibição do guarda-redes polaco, Adam Morawski que defendeu 11 bolas e foi considerado o homem da partida. Já perto do intervalo Paulo Drux e Gensheimer, mostravam que a equipa alemã queria ganhar, estabilizaram o jogo, e reduziram a diferença no marcador . Ao intervalo a desvantagem era de dois golos, 10-12.
No segundo tempo a equipa de Alfred Gislason, precisou de cinco minutos para fazer mexer o marcador para o lado alemão e a equipa polaca aproveitada para se distanciar no marcador 11-15. Mas a seleção alemã não desistiu e a 10 minutos do fim conseguiu empatar a partida 19-19. A partir daí, o jogo voltou a ficar equilibrado até ao final. No último contra-ataque o pivot Patryk Walczak, falhou aquele que podia ter sido o golo da vitória da Polónia.
A nível individual, Philipp Weber e David Schmidt, foram os melhores marcadores da Alemanha com quatro golos. Do lado da polónia Morawski, Krajewski apontou cinco golos.
Dinamarca – Croácia
Este jogo tinha em mãos o destino de três seleções – em caso de vitória da Croácia seriam os croatas a seguir para os quartos de final, em caso de empate teríamos Qatar, Argentina e Croácia em igualdade pontual o que dava vantagem aos argentinos, e, em caso da vitória dinamarquesa, a passagem seguia para o Qatar.
Depois de toda a “turbulência” vivida na seleção da Croácia – Lino Cervar apresentou a sua demissão em direto na flash interview depois da derrota frente aos argentinos – víamos uma Croácia que entrava forte no jogo, com a sua defesa agressiva habitual e a conseguir desde logo conquistar a vantagem no marcador.
Frente a uma seleção dinamarquesa que não contava com alguns dos seus jogadores, incluindo Mikkel Hansen, por problemas no sistema digestivo, os croatas iam conseguindo anular as opções ofensivas dos dinamarqueses e iam explorando o ataque para encontrarem o caminho da baliza.
E assim foi até aos 18 minutos da partida, momento em que Jacob Holm deu a vantagem aos dinamarqueses ao apontar o 8-7 e a equipa de Nikolaj Jacobsen nunca mais perdeu essa liderança.
Ao intervalo a vantagem era apenas de duas bolas, 17-15.
Na segunda parte assistiu-se a um jogo completamente diferente, com uma Croácia desinspirada e a não conseguir contrariar o bom momento dos dinamarqueses que, com naturalidade, alargaram a vantagem e venceram por 12 bolas de diferença, 38-26.
Emil Jackobsen levou a distinção de MVP com 8 golos em 9 remates e, do lado dos croatas Marino Maric foi o melhor marcador com 6 golos.
De destacar ainda a boa exibição dos guardiões dinamarqueses – Niklas Landim, com 5 defesas e 38% de eficácia, que acabou por sair do jogo após um choque com um colega de equipa, sendo substituído por Kevin Moller que, com 10 defesas e 37% de eficácia, manteve o bom nível defensivo.
Este resultado permitiu a passagem da seleção do Qatar aos quartos de final do Mundial.

Argentina – Qatar
A seleção da Argentina, depois da vitória frente à Croácia na jornada anterior, tinha tudo para continuar a surpreender neste Mundial e garantir a presença nos quartos de final. Para tal, precisava de vencer a seleção do Qatar.
Os argentinos mostraram que queriam continuar a fazer história e entraram muito bem na partida. Uma primeira parte em que conseguiram explorar muito bem as situações de 2×2 e Lucas Moscariello ia sendo uma dor de cabeça para a seleção orientada pelo espanhol Valero Rivera.
Aos 17 minutos de jogo a Argentina atingia a vantagem de sete bolas, 11-4, mas o Qatar ia reagindo e com muitas iniciativas de Frankis Carol e Rafael Capote iam diminuindo a desvantagem que se fixou em 13-12 ao intervalo.
Na segunda parte foram os argentinos que voltaram a entrar melhor conseguindo novamente alargar a vantagem, desta vez para 4 bolas, 19-15 aos 37 minutos. O Qatar chega ao empate já perto dos 10 minutos finais, conseguindo rapidamente, através de Frankis Carol, conquistar a primeira vantagem no marcador.
A seleção de Manolo Cadenas não conseguiu contrariar o bom momento da seleção do Médio Oriente e acabaram por perder a partida pela margem mínima, 25-26.
Resultado que deixou a passagem aos quartos de final dependente do jogo entre Croácia e Dinamarca.
O MVP da partida foi, mais uma vez, Frankis Carol, atleta do Sporting CP, com 8 golos e 3 assistências. Do lado dos argentinos foi Federico Pizarro o mais certeiro com 7 golos e 2 assistências.

Bahrain – Japão
O Japão bateu o Bahrain e terminou a sua participação nesta edição do Mundial com uma vitória.
Graças a uma primeira parte de grande nível, a seleção nipónica entrou com tudo e foi-se distanciando no marcador com relativa facilidade, condicionando o ataque da seleção do Bahrain a 12 golos no primeiro tempo. Quando ambas as equipas recolheram para o intervalo, o Japão seguia na frente, 12-19.
A segunda parte viu o Bahrain ser mais forte e conseguiram reduzir a desvantagem para apenas quatro golos, mas em nenhum momento se sentiu que a vitória japonesa fora ameaçada, tal era o seu controlo de todos os momentos do jogo.
No final o marcador assinalava 25-29 favorável à equipa asiática, com Jin Watanabe a marcar oito golos, e Tatsuki Yoshino a ser o melhor marcador com nove remates certeiros.
Tunísia – Angola
A Tunísia venceu Angola por 34-29 na terceira ronda da President’s Cup do Mundial.
Numa partida muito disputada no primeiro tempo, onde a Tunísia conseguiu estar sempre à frente do marcador e dominar durante alguns períodos do tempo. Com o aproximar do intervalo, a seleção angolana conseguia aproximar-se do empate, levando para os balneários apenas um golo de desvantagem, 14-13.
Na segunda parte a Tunísia voltou a entrar bem na partida chegando a aumentar a vantagem para quatro golos, com destaque para Issam Rzig que marcou 12 golos em 12 oportunidades, acabando como melhor marcador da partida.
Do lado da Angola Diogo Hebo e Claúdio Lopes acabaram a partida com sete golos.